Eucaristia, Pão dos fortes
- Aproximava-se a hora da
Redenção do gênero humano.
- E o Meu Coração não pôde conter
o seu amor pelos homens nem resolver-se a deixa-los órfãos.
- Então, para lhes dar provas da
Minha ternura e ficar com eles até a consumação dos séculos quis tornar-Me seu
Alimento, seu Amparo, sua Vida, e seu Tudo.
- Ah! Quanto quereria dar a
conhecer a todas as almas os sentimentos do Meu Coração e compenetrá-las do
amor que Me abrasava, quando no Cenáculo institui o Sacramento da Eucaristia.
- Vi através dos séculos, todas
as almas que se alimentariam do Meu Corpo, se desalterariam no Meu Sangue e os
frutos Divinos que daí haveriam de colher...
- Em quantos corações este Sangue
Imaculado seria semente de pureza e virgindade.
- Em quantos outros, Ele atearia
a chama da Caridade e do zelo...
- Quantos mártires de amor se
agrupavam, naquela hora diante dos Meus Olhos e no Meu Coração.
- Quantas almas, enfraquecidas
por numerosos pecados e pela violência das paixões, voltariam a Mim e
recuperariam o seu vigor, nutrindo-se do PÃO DOS FORTES.
- Quem poderá penetrar os
sentimentos que transbordavam em Mim então? Sentimentos de alegria, de amor e
de ternura...
- Mas quem poderá compreender também
a amargura que invadiu o Meu Coração.
Eucaristia, Invenção do Amor
- Quero revelar-lhes quanta
amargura encheu Meu Coração no momento da Ceia.
- Porque se era grande a Minha
alegria de Me tornar o Companheiro e o Alimento Divino dos homens até a
consumação dos séculos, e se via quantos Me cercariam de adoração, reparação e
amor... não foi menor a Minha tristeza ao ver tantos outros que Me abandonariam
no Tabernáculo, ou não acreditariam na Minha Presença Real.
- Em quantos corações, manchados
pelo pecado, deveria Eu entrar... e quantas vezes a Minha Carne e o Meu Sangue
profanados só serviriam de condenação para essas almas culpadas?
Os sacrilégios, os ultrajes e as
abominações sem nome que se cometem contra Mim, passaram-Me diante dos Meus Olhos
naquele momento... Vi também quantas horas, dias e noites, ficaria sozinho no
Tabernáculo, e quantas almas repeliriam os convites que lhes dirigiria desta
morada.
- Ah! Josefa, deixa-te penetrar
com os Sentimentos de Meu Coração.
É por amor as almas que Sou Prisioneiro da Eucaristia.
- Ali permaneço para que possam
vir com todas as suas mágoas consolar-se junto do mais terno e melhor dos Pais
e do Amigo que nunca as abandona.
A Eucaristia é invenção do Amor.
- E este amor que se esgota e se
consome pelo bem das almas não encontra correspondência.
- Habito entre os pecadores para
lhes ser Salvação, Vida, Médico e ao mesmo tempo Remédio em todas as doenças
geradas pela natureza corrompida. Em paga, eles afastam-se, ultrajam-Me e
desprezam-Me.
Ah, pobres pecadores, não vos afasteis de Mim.
- Noite e dia, espero-vos no
Tabernáculo... Não vos censurarei os crimes cometidos, não vos lançarei em
rosto. Mas vou lava-los no Sangue das Minhas Chagas... Não tenhais medo e
vinde, não sabeis quanto Eu vos amo?
- E vós, almas queridas, porque
sois tão frias e indiferentes ao Meu Amor?
- Sei que as necessidades de
vossa família, de vossa casa, as exigências do mundo, vos solicitam
incessantemente. Mas não tereis um instante para Me dar alguma prova de amor e
gratidão?
- Não vos deixeis arrastar por
mil preocupações inúteis e reservai um momento para visitar e receber o
Prisioneiro de Amor.
- Quando está vosso corpo
enfraquecido ou doente não encontrais tempo para ir ao médico que há de
curar-vos?
- Vinde, pois, Aquele que pode
dar a vossa alma força e saúde e dai uma esmola de amor a este Prisioneiro
Divino que vos espera, chama e deseja.
- Todos estes sentimentos
invadiram-Me na hora da Ceia, Josefa.
- Direi agora o que sentiu o Meu
Coração, pensando nas minhas almas escolhidas: Minhas Esposas, Meus Padres...
“Apelo ao Amor” A
mensagem do Coração de Jesus ao Mundo e Sua Mensageira Irmã Josefa Menéndez da
Sociedade do Sagrado Coração. 25. Fevereiro a 02.março.1923
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