Significado de Metanóia (Mind Set):
- Mudança, transformação de caráter ou na
maneira de pensar.
- Mudança que resulta ou é motivada por algum
tipo de arrependimento.
- Remorso por alguma falha; penitência.
- Modificação espiritual; conversão.
- Modo novo de conceber ideias, de se comportar, de enxergar a vida e a realidade.
Esperança no mundo
- A Paixão de Nosso Divino
Redentor deixa uma lição para nós:
- Aqueles
que, por princípios mundanos, têm como ideal obter aplauso, colocando sua
esperança na aprovação dos homens, erram, porque cometem a loucura de
escolher para si uma situação estável.
- A Paixão de Nosso Senhor nos
mostra, de maneira eloquente, o quanto é preciso pôr nosso empenho em conhecer,
amar e servir a Deus com “todo seu
coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento e com toda a tua força e o
teu próximo como a ti mesmo” Marcos
12, 30-31, pouco nos importando se nos atacam ou nos elogiam, se nos
recebem ou nos repudiam, mas, isto sim, se agradamos a Deus com a nossa forma
de proceder.
- Ao sermos Batizados nos
comprometemos –seja por nós mesmos ou na
pessoa de nossos padrinhos- a renunciar ao demônio, ao mundo e a carne e
ficarmos marcados com o sinal do combate.
- Não firmamos, em nenhum momento,
o propósito de nos apoiarmos no aplauso dos outros. Assim sendo, devemos,
sempre, nos lembrar dessas promessas de luta, que exigem de nossa parte a
determinação de enfrentar todas as batalhas que tais inimigos, por nós
rejeitados no Batismo, vão se apresentando no decorrer desta peregrinação.
A Cruz
- A Cruz, sinal de ignominia por
constituir o pior castigo, o suplício mais horrível daqueles tempos da
Encarnação de Jesus, considerado pelos Judeus como ‘Maldição Divina” Dt 21,23 e pelos romanos como infamante, a tal
ponto que não era aplicado a um cidadão do Império, sendo reservado apenas aos
escravos e aos criminosos mais comuns.
- No entanto, tão poderoso é este
Rei Jesus que, posto nesse pedestal de humilhação, Ele o transforma em trono de
glória!
- Hoje em dia, ostentar a Cruz ao
peito é uma honra, e nos admiramos ao vê-la sobre as coroas ou no alto das
catedrais e dos edifícios eclesiásticos:
- É a
exaltação da Cruz.
- Ora, sendo participes da vida
divina, pela graça, somos chamados a trilhar a mesma via do Rei dos reis, sem
nunca descer, subir para chegar ao Céu, cujas portas nos serão abertas, não por
nossos méritos, mas pelos de Nosso Redentor (Metanóia).
Pela Cruz alcançamos a Luz
- Contrário a certa mentalidade muito
alastrada, não é possível abolir a Cruz da face da Terra, pois, em geral, todo
ser humano sofre.
- A dor é nossa companheira e só
deixará de existir no Paraiso Celeste.
- É neste contexto que é imprescindível
ao homem compreender o verdadeiro valor do sofrimento (Metanóia), pois uma equivocada compreensão do sofrimento leva
alguns a caírem no:
- Abatimento,
- Revolta
contra a providência,
- Querer esquivar-se de carregar a própria cruz, cuja tentativa se torna inútil, tornando-a mais pesada, acrescentando ainda o ônus da inconformidade com a vontade de Deus, que conhece e permite cada uma de nossas angústias.
Valor da luta
- Compenetremo-nos de que a dor
encerra inúmeros benefícios para nossa salvação:
- Poderoso
meio de nos aproximarmos de Deus. (Metanóia).
- Desde antes da queda, Anjos e
homens, por terem sido criados em estado de prova, tem a tendência de fechar-se
e esconder-se sobre si (conf Gn 3, 8-10),
quando deveriam estar constantemente abertos para Deus.
- E é nisto que consiste a prova do
entendimento e a compreensão de nossa realidade como Batizados, filhos de Deus
e de sermos chamados de Cristãos (Metanóia).
- As lutas, reveses e aflições
surgidas em nosso caminho são elementos eficazes para dirigir nosso espírito ao
Bem infinito e escancarar para Ele a porta de nossa alma.
- Nessas horas experimentamos o
poder da oração, sentimos nossa total dependência de Deus e nos colocamos em
suas mãos sem reservas, a procura de amparo e força.
- O sofrimento pode receber o título
de bem aventurança que nos faz merecer, já neste mundo, a recompensa de
libertar-nos de nosso egoísmo e de vivermos voltados para Deus. Ó dor, bem
aventurada dor!
- Em sua Bondade infinita, o
Senhor nos “cumula de tribulações na
Terra para nos obrigar a buscar a felicidade no Céu” diz Santo Antônio Maria
Claret.
- O sofrimento constitui-se,
então, um meio infalível de preparação para conhecer, amar e contemplar a Deus
face a face.
Glória comprada pelo sofrimento
- O Verbo onipotente, Unigênito
do Pai, ao Se encarnar quis passar pelas vicissitudes da condição humana, para
nos dar exemplo de paciência.
- Sua Alma Santíssima que desde o
primeiro instante da concepção, já possuía a glória, e esta deveria,
naturalmente, refletir-se em sua carne; mas a relação natural entre alma e
corpo n’Ele estava submetida a sua Divina Vontade, a qual aprouve suspender
esta lei, realizando um milagre contra Si mesmo, pois preferiu tomar um corpo
padecente a fim de que obtivesse com maior honra a glória do Corpo, quando a
merecesse pela Paixão.
- Ele assumiu aquelas
deficiências corporais derivadas do pecado original como o cansaço, a fome, a
sede e a morte.
- Jesus visava apontar o combate
da Cruz como causa de elevação para todos nós, Batizados, herdeiros de Deus e
co-herdeiros de Cristo (conf Rm 8,17). (Metanóia).
- Tão excelente é o sacrifício de
nosso Salvador, oferecendo-Se a Si mesmo ao Pai como Vitima perfeita, que os
efeitos da Paixão excedem em muito a dívida do pecado. Diz o Padre
Garrigou-Lagrange:
“Deus Pai pediu a seu Filho: um
ato de amor que Lhe agrada mais do que Lhe desagradam todos os pecados juntos;
um ato de amor redentor, de um valor infinito e superabundante”
Jesus lhe ofereceu o sofrimento e
morte na Cruz.
O combate do Católico é sua glória
- Somos combatentes (Metanóia).
- Não fomos feitos para apoiar
aqueles que põe sua esperança no mundo, mas para defender Nosso Senhor Jesus
Cristo.
- O mundo só nos interessa como
objeto de conquista para O Reino de Deus, pois queremos ser apóstolos, a fim de
que todos os homens experimentem nossa alegria de cristãos. (Metanóia).
- Alegria proveniente da certeza (Metanóia), infundida pela fé na alma, de um dia recuperar o corpo
em estado glorioso e viver a eternidade feliz no convívio com Deus, com Maria
Santíssima, com os Anjos e com os Santos.
- A convicção (Metanóia) de que a Cruz conduz a Luz,
isto é, a vitória e ao triunfo final, torna a alma equilibrada, calma e serena,
e dá forças para encarar a morte com confiança, sabendo que no outro lado
estará Aquele que por nós morreu na Cruz, pronto a nos receber (Metanóia).
- E agora? Estou preparado para a
Metanóia? Ou seja:
- Mudança,
- transformação de caráter,
- maneira de pensar,
- modificação espiritual,
- conversão.
Metanóia de Pedro
- A famosa frase de Santo
Agostinho:
“Crer para entender e entender para crer”
resume uma verdadeira Metanóia
que aconteceu com Pedro; vejamos o relato em João 13, 6-9:
- “Jesus coloca agua numa bacia e
começa a lavar os pés dos discípulos e a enxuga-los com a toalha que estava
cingido. (Traje e função dos escravos,
não dos senhores ISm 25,41).
Chega, então, a Simão Pedro, que
lhe diz:
- Senhor, tu, lavar-me os pés?
Respondeu Jesus:
- O que faço, não compreenderás agora, mas o compreenderás mais tarde.
Disse-lhe Pedro:
- Jamais me lavarás os pés!
Respondeu Jesus:
- Se Eu não te lavar, não terás
parte comigo.
Disse-lhe Pedro:
- Senhor, não apenas meus pés,
mas também as mãos e a cabeça”
- Por não estarmos prontos,
podemos voltar nas decisões tomadas; Deus purifica nosso entendimento quando
cremos mas ainda não entendemos.
- Essa foi a Metanóia de Pedro:
por crer em Jesus aceitou sua proposta mesmo ainda não entendendo.
- Jesus ‘sentiu’ e ‘experimentou’
toda repugnância e dor que haveremos de ‘sentir’
e ‘experimentar’ durante todo nosso
processo de Metanóia (conversão).
“Não creias porém que deixei de sentir então repugnância e dor. Pelo
contrário quis que a minha natureza humana experimentasse todas as que vós
mesmos experimentais, a fim de que meu exemplo vos fortificasse em todas as
circunstancias de vossa vida.
Também quando soou para Mim aquela hora dolorosíssima de minha Paixão,
que Eu poderia tão facilmente evitar, abracei-a amorosamente para:
- cumprir a Vontade do Pai,
- reparar Sua Glória,
- expiar os pecados do mundo,
- comprar a salvação de muitas almas.
Jesus a Santa Josefa; Apelo ao Amor pg 414
Minha Metanóia
- Descreva em seu diário
espiritual quais são as repugnâncias que sua natureza humana sente quando se
fala de uma verdadeira conversão ao cristianismo.
- Quais as renúncias que devo
proceder?
- O que me impede de ser humilde?
- O que me impede de perdoar?
- O que me impede de Amar até o
extremo, como Jesus amou?
- Se voluntariamente passei a
maior parte de minha vida na impiedade ou na indiferença e percebo que a
eternidade já esta as portas, o que me impede de implorar o perdão?
- Qual respeito humano sinto como
uma ‘repugnância’ que me está impedindo de me unir ao Senhor?
“Enquanto tiver o homem um sopro de vida, poderá ainda recorrer a
Misericórdia e implorar o perdão”
Jesus a Santa Josefa; Apelo ao Amor pg 418
- Olhemos para o resultado e a
recompensa que haveremos de receber na eternidade.
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