- No Ano Mariano, a Igreja deseja
render graças a Santíssima Trindade pelo mistério da mulher, por toda mulher, e
por aquilo que constitui a eterna medida da sua dignidade feminina, pelas
grandes obras de Deus que na história das gerações humanas nela e por seu meio
se realizaram.
- Em última análise, não foi nela
e por seu meio que se operou o que há de maior na história do homem sobre a
terra:
- O
evento pelo qual Deus mesmo se fez homem?
- A Igreja rende graças por todas
e cada uma das mulheres:
- Pelas
mães, pelas irmãs, pelas esposas;
- Pelas
mulheres consagradas a Deus na virgindade;
- Pelas
mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o
amor gratuito de outra pessoa;
- Pelas
mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da
sociedade humana;
- Pelas
mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, as vezes, carregam
uma grande responsabilidade social;
- Pelas
mulheres ‘perfeitas’ e pelas mulheres ‘fracas’, por todas: tal como saíram
do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade;
v tal
como abraçadas pelo seu amor eterno;
v tal
como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é no tempo a
pátria dos homens e se transforma, as vezes, num vale de lágrimas;
v tal
como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da
humanidade, segundo as necessidades cotidianas e segundo os destinos
definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável
Trindade.
- A Igreja
agradece todas as manifestações do gênio feminino surgidas no curso da
história, no meio de todos os povos e Nações;
·
agradece todos os carismas que o Espírito Santo
concede as mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve a fé,
a esperança e caridade das mesmas;
·
agradece todos os frutos de santidade feminina.
- A Igreja
pede, ao mesmo tempo, que estas inestimáveis manifestações do Espírito
(conforme ICor 12,4), com grande generosidade concedidas as ‘filhas’ da
Jerusalém eterna, sejam atentamente reconhecidas e valorizadas, para que
redundem em vantagem comum para a Igreja e para a humanidade, especialmente em
nosso tempo.
- Meditando o
mistério bíblico da mulher, a Igreja reza, a fim de que todas as mulheres
encontrem neste mistério a sí mesma e a sua suprema vocação.
Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, 31.
São João Paulo II-1988
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