- O culto que se presta a Deus
beneficia o homem e não a Deus.
- Não é a fonte que se beneficia
quando dela se bebe, nem a luz quando a vemos.
- Não há senão um modo de
compreender os sacrifícios oferecidos por nossos pais: eles eram o sinal
daquilo que se cumpria em nós mesmos, isto é, nossa adesão a Deus.
- O sacrifício visível é o
sacramento ou sinal sagrado do sacrifício invisível.
- O verdadeiro sacrifício é tudo
aquilo que fazemos para estar unidos a Deus, para estar em comunhão com Ele.
- O próprio homem, quando
consagrado ao nome de Deus e vivendo para Deus, é um sacrifício. E também nosso
corpo, quando, por Deus, nós o dominamos pela temperança, quando não nos
oferecemos ao mal, é um sacrifício.
- É a isso que nos conclama o
apóstolo Paulo:
“Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que
ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: esse é o
vosso culto espiritual” Romanos 12, 1-2
- Dai deriva que todo o povo
resgatado, isto é, a comunhão e a comunidade dos santos, é o sacrifício universal
oferecido a Deus pelo sumo sacerdote, Ele que, em sua Paixão, se ofereceu a si
mesmo por nós, para que nos tornássemos o seu corpo.
- Foi sua condição de homem que Ele
ofereceu, é segundo essa condição humana que Ele é mediador, é nela que Ele é
sacerdote, é nela que Ele é sacrifício.
- Eis portanto o sacrifício dos
cristãos: todos juntos, um só corpo em Cristo. É esse o mistério que a Igreja
celebra tão amiúde no sacramento do altar, onde lhe é mostrado que, naquilo que
ela oferece, é ela que está sendo oferecida.
Santo Agostinho, Cidade de Deus X, 5-6
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