- Colocou-o na terra em tais
condições que nada lhe faltava aqui para seu bem-estar até que chegasse a
alcançar a felicidade eterna na outra vida... mas, para ter direito a ela devia
observar a Lei suave e sabia imposta pelo seu Criador.
- O homem, infiel a essa Lei,
caiu gravemente doente: cometeu o primeiro pecado. O homem, isto é, o pai e a
mãe, a origem do gênero humano.
- Toda a sua posteridade foi
maculada com sua mesma culpa. (Gênesis 1
a 3)
- Nele, a humanidade inteira
perdeu o direito á ventura perfeita que Deus lhe havia prometido e, desde
então, ficou sujeita a penar, sofrer e morrer. (Ler Eclesiástico 40,1-11)
- Ora, Deus, na sua beatitude, de
ninguém precisa. Basta-se a Si próprio.... a sua glória é infinita: coisa
nenhuma pode diminuí-la.
- Todavia, sendo infinitamente Poderoso,
é também infinitamente bom. Deixará assim sofrer e depois morrer o homem criado
por Amor?
- Pelo contrario, dar-lhe-á nova
prova de Amor e, perante tão grave mal empregará remédio de preço infinito: Uma
das três Pessoas da Santíssima Trindade assumirá a natureza humana e reparará
divinamente o mal causado pelo pecado.
- O Pai dá o Filho. O Filho
sacrifica a sua glória: desce à terra não como Senhor rico e poderoso, mas na
condição de Servo, de Pobre e de Menino. A Vida que Ele levou na terra todos a
conheceis.
- Bem sabeis como desde o
primeiro momento da Minha Encarnação me sujeitei a todas as misérias da
natureza humana.
- Criança, comecei a
sofrer frio, fome, pobreza e perseguições. Em minha vida de operário fui muitas
vezes humilhado e desdenhado como filho de um pobre carpinteiro.
- Quantas vezes, meu Pai adotivo
e Eu, depois de termos aturado o peso de um longo dia de trabalho,
reconhecíamos à noite ter ganho apenas o suficiente para acudir às necessidades
da família.
- E vivi assim trinta anos.
Depois renunciando aos cuidados e a doce companhia de minha Mãe consagrei-Me a
tornar conhecido Meu Pai Celestial: a todos ensinei que Deus é Caridade.
- Passei fazendo bem aos corpos e
as almas: dei saúde aos doentes; dei vida aos mortos; as almas?? Ah! a
essas...dei-lhes a liberdade perdida pelo pecado, e abrir-lhes as portas da
verdadeira e eterna pátria.
- Porque chegou a hora em que,
para comprar a salvação das almas, o Filho de Deus quis dar até a própria Vida.
- E como morreu Ele? rodeado dos
amigos?...aclamado como Benfeitor? Não, almas queridas, bem sabeis que o Filho
de Deus não quis morrer assim:
- Jesus, que só tinha espalhado
Amor, foi vitima do ódio...
- Jesus, que trazia Paz ao mundo,
foi objeto das mais feroz crueldade.
- Jesus, que vinha dar liberdade
ao homem, foi preso, atado, maltratado, caluniado e morreu afinal sobre uma
cruz, entre dois ladrões, desprezado e abandonado, pobre e despojado de tudo.
- Foi assim que se entregou pela
Salvação do homem.
- Foi assim que levou a cabo a
Obra pela qual voluntariamente deixara a Glória de seu Pai: o homem estava
doente e o Filho de Deus desceu em seu socorro.
- Não somente, morrendo, lhe deu
a vida, mas mereceu-lhe as forças e os meios necessários para adquirir na terra
o tesouro da sua eterna felicidade.
- Como correspondeu o homem a
semelhante favor?
- Seguindo o exemplo do servo,
ofereceu-se ao serviço do seu Senhor, sem outros interesses que não fossem os
dele?
- Neste ponto, convém distinguir
as diferentes respostas do homem ao seu Deus...
De Jesus a Josefa da Sociedade do
Sagrado Coração
no Livro “Apelo ao amor”14.06.1923
páginas 506-508.
Clique aqui e veja também:
“Senhor, que vosso Amor, Sofrimento e Sangue derramado,
não tenha sido em vão pelas nossas almas e
pelas almas dos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa
Senhora.”
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