sábado, 23 de novembro de 2013

Deus criou o homem por amor (1ª parte)

- Deus criou o homem por Amor.
- Colocou-o na terra em tais condições que nada lhe faltava aqui para seu bem-estar até que chegasse a alcançar a felicidade eterna na outra vida... mas, para ter direito a ela devia observar a Lei suave e sabia imposta pelo seu Criador.
- O homem, infiel a essa Lei, caiu gravemente doente: cometeu o primeiro pecado. O homem, isto é, o pai e a mãe, a origem do gênero humano.
- Toda a sua posteridade foi maculada com sua mesma culpa. (Gênesis 1 a 3)
- Nele, a humanidade inteira perdeu o direito á ventura perfeita que Deus lhe havia prometido e, desde então, ficou sujeita a penar, sofrer e morrer. (Ler Eclesiástico 40,1-11)
- Ora, Deus, na sua beatitude, de ninguém precisa. Basta-se a Si próprio.... a sua glória é infinita: coisa nenhuma pode diminuí-la.
- Todavia, sendo infinitamente Poderoso, é também infinitamente bom. Deixará assim sofrer e depois morrer o homem criado por Amor?
- Pelo contrario, dar-lhe-á nova prova de Amor e, perante tão grave mal empregará remédio de preço infinito: Uma das três Pessoas da Santíssima Trindade assumirá a natureza humana e reparará divinamente o mal causado pelo pecado.
- O Pai dá o Filho. O Filho sacrifica a sua glória: desce à terra não como Senhor rico e poderoso, mas na condição de Servo, de Pobre e de Menino. A Vida que Ele levou na terra todos a conheceis.
- Bem sabeis como desde o primeiro momento da Minha Encarnação me sujeitei a todas as misérias da natureza humana.

- Criança, comecei a sofrer frio, fome, pobreza e perseguições. Em minha vida de operário fui muitas vezes humilhado e desdenhado como filho de um pobre carpinteiro.
- Quantas vezes, meu Pai adotivo e Eu, depois de termos aturado o peso de um longo dia de trabalho, reconhecíamos à noite ter ganho apenas o suficiente para acudir às necessidades da família.
- E vivi assim trinta anos. Depois renunciando aos cuidados e a doce companhia de minha Mãe consagrei-Me a tornar conhecido Meu Pai Celestial: a todos ensinei que Deus é Caridade.
- Passei fazendo bem aos corpos e as almas: dei saúde aos doentes; dei vida aos mortos; as almas?? Ah! a essas...dei-lhes a liberdade perdida pelo pecado, e abrir-lhes as portas da verdadeira e eterna pátria.

- Porque chegou a hora em que, para comprar a salvação das almas, o Filho de Deus quis dar até a própria Vida.
- E como morreu Ele? rodeado dos amigos?...aclamado como Benfeitor? Não, almas queridas, bem sabeis que o Filho de Deus não quis morrer assim:
- Jesus, que só tinha espalhado Amor, foi vitima do ódio...
- Jesus, que trazia Paz ao mundo, foi objeto das mais feroz crueldade.
- Jesus, que vinha dar liberdade ao homem, foi preso, atado, maltratado, caluniado e morreu afinal sobre uma cruz, entre dois ladrões, desprezado e abandonado, pobre e despojado de tudo.

- Foi assim que se entregou pela Salvação do homem.
- Foi assim que levou a cabo a Obra pela qual voluntariamente deixara a Glória de seu Pai: o homem estava doente e o Filho de Deus desceu em seu socorro.
- Não somente, morrendo, lhe deu a vida, mas mereceu-lhe as forças e os meios necessários para adquirir na terra o tesouro da sua eterna felicidade.

- Como correspondeu o homem a semelhante favor?
- Seguindo o exemplo do servo, ofereceu-se ao serviço do seu Senhor, sem outros interesses que não fossem os dele?
- Neste ponto, convém distinguir as diferentes respostas do homem ao seu Deus...

De Jesus a Josefa da Sociedade do Sagrado Coração

no Livro “Apelo ao amor”14.06.1923 páginas 506-508.
Clique aqui e veja também:


“Senhor, que vosso Amor, Sofrimento e Sangue derramado,

não tenha sido em vão pelas nossas almas e

pelas almas dos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora.”

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